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Tô toda boba, metida mesmo...afinal, não é todo dia que a gente está com um reizinho (Rainha!! Rainha!!) crescendo na barriga da gente!!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Teste da Violência Obstétrica - Dia Internacional da Mulher - Blogagem Coletiva

Fala-se tanto em violência contra a mulher dentro de casa, nos ambientes de trabalho, nas ruas...mas fala-se pouco (ou será que aceita-se mais?) a violência num dos momentos mais lindos e nobres da vida de toda mulher: o momento em que ela coloca um filho no mundo.

Acho que o pouco cuidado ao que eu considero o auge da feminilidade humana mostra o quanto não respeitamos o feminino em nossa sociedade. Cabe a nós refletir sobre isso e, juntas, mudarmos a maneira de pensar da nossa sociedade. O respeito ao parto, acredito, virá como consequencia.

Diagnosticar claramente o problema, expor a ferida, é o primeiro passo para tentar modificar esta situação. Infelizmente, muitas mulheres sequer se dão conta de que foram desrespeitadas. Muitas de nós são levadas a acreditar que o médico "faz" o parto; que sem a "orientação" destes profissionais, correríamos sérios riscos...e aí, nos submetemos a episiotomias, enemas, toques desnecessários...sem percebermos que isso tira de nós a nossa dignidade e, com ela, a nossa força.

Por isso mesmo, mulherada, vambora responder o questionário que as meninas Mamíferas desenvolveram, vambora botar a boca no trombone para que nossas filhas e netas tenham garantidos os direitos que a nós vem sendo vergonhosamente negado: o de parir com dignidade.

Eu não posso reclamar do meu parto: pari no meu lar, cercada de amor e de respeito. Infelizmente, a hemorragia do dia seguinte me levou para o hospital, onde sofri assédio em suas mais variadas formas. Tenho aqui no peito uma mágoa grande, que acho que nunca vai embora, causada pelas barbaridades que eu escutei (e fui submetida) nos dois hospitais em que estive naquele dia. A mágoa é tão grande que eu nunca contei direito o que se passou para absolutamente ninguém, e nem sei se contarei um dia. Não quero que ninguém passe pelo que eu passei.

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